A identidade cristã nos dias atuais

quarta-feira, 13 de maio de 2020

49. AVALIAÇÃO: PROVAS E TESTES DA FÉ


“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7.21).

Os dois versos abaixo são importantes e precisam ser lembrados; Jesus disse e João anotou: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele”. Amar no contexto cristão não é mero sentimentalismo, mas aprendizagem e prática de princípios.
O homem prudente que construiu sobre a rocha é aquele que, tendo ouvido os ensinamentos de Cristo, cumpre-os. Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição é um conceito sempre presente nos ensinamentos de Cristo. Um dia, quando as duas casas forem testadas, uma delas haverá de cair, sendo grande a sua ruína. A religião falsa, além de errada, é inútil, não conduz a nada, podendo dar satisfação temporária, mas não resiste aos testes reais. O caminho espaçoso, a árvore má e a casa sobre a areia não resistem aos testes de qualidade. Tolo é o homem que vive e confia em meras coisas incapazes de ajudá-lo no momento de aflição. O ensinamento não só se aplica à vida neste mundo, mas também extrapola para o que acontecerá após a morte e o além-túmulo. 
A chuva cai individualmente sobre justos e injustos; ela pode representar na parábola enfermidades, perdas ou desapontamentos, algo que sai errado em nossas vidas. A enchente pode representar o mundo e sua influência, o mundanismo que, em sua sutileza, penetra em tudo e por toda a parte. Pode representar também perseguições. O vento talvez apresente os ataques de Satanás que, em sua característica multiforme, ataca direta ou indiretamente, citando as Escrituras ou com pensamentos imundos, lançando dúvidas e negações contra nós. Grandes líderes cristãos do passado sofreram com isso e no presente o processo continua. Nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal nas regiões celestes. Como acontecimento final, além de ventos, chuvas e inundações, enfrentaremos a morte. Nada existe que sonde tão profundamente um ser humano em relação aos alicerces, quanto o fato da morte.
“Considere o íntegro, observe o justo; há futuro para o homem de paz”, afirmou o salmista. O homem sensato, que construiu sobre a rocha, concorda com Paulo quando o apóstolo afirma que “os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. O pseudo crente descobre que, quando precisa de ajuda, o que ele considerava sua fé de nada lhe valerá. Dedicar-se à tarefa de viver o Sermão do Monte é o segredo do homem perfeito, justo, bom e crente em Jesus. Depois da morte, temos que considerar o dia do julgamento final. Todos os seres humanos haverão de ser julgados pelo Senhor. Tudo será levantado e alegações de grandes coisas teoricamente feitas em nome de Deus não serão levadas em conta. Não haverá segunda oportunidade ou apelação da sentença. 
Por isso, viver aqui na terra desfrutando de paz, certeza e segurança depende da edificação sobre a rocha. Talvez não exista nada mais perigoso para uma correta vida cristã do que uma vida devocional mecânica. A leitura da Bíblia deve ser feita porque Deus fala com você através dela, mas, após a mera leitura, a meditação e a colocação em prática da mensagem precisam ser feitas. Teste a si mesmo por meio do Sermão do Monte. Não dependa de suas próprias atividades, achando que, por ser ativo no trabalho cristão, deve estar tudo certo. Teremos que nos defrontar com o Senhor face a face, e essa realidade deve ocupar o centro da nossa vida.

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