A identidade cristã nos dias atuais

terça-feira, 12 de maio de 2020

40. BUSCANDO E ENCONTRANDO


“Peçam e lhes será dado; busquem e encontrarão; batam e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus 7.7-8).

Esta é uma das grandes, abrangentes e graciosas promessas que só podem mesmo ser encontradas na Bíblia, com as quais podemos enfrentar todas as incertezas da vida. É uma promessa feita pelo Filho de Deus, que falou com toda a plenitude e autoridade de seu Pai.
A vida é uma jornada repleta de perplexidades, problemas e incertezas. O que importa não são as coisas que naturalmente vêm ao nosso encontro, mas a nossa prontidão em nos defrontamos com elas. Abraão enfrentou isso, e segundo alguém disse, ele, ao deixar sua terra, "saiu sem saber para onde ia, mas sabia com quem ia". Jesus não promete modificar a vida para nós, removendo dificuldades, provações, problemas e tribulações, ou aparando os espinhos. Ele enfrentou a vida neste mundo de maneira realista, consciente de que a carne é herdeira dos males que certamente virão, mas garantiu que jamais precisaremos andar preocupados. Pedir, buscar e bater são ações correspondentes a receber, encontrar e abrir. A promessa, porém, não é universal e absoluta, mas será cumprida segundo a vontade de Deus. Precisamos tomar consciência da nossa necessidade, bem como lembrar as riquezas da graça que estão em Cristo Jesus. Pedir, buscar e bater são verbos que demonstram nossa persistência e perseverança, mas é aí que muitos de nós falhamos. A questão principal é a percepção de nossa necessidade, a consciência do suplemento e a persistência na busca do que pedimos.
Na continuação, Jesus nos lembra, através de uma parábola, que Deus é o nosso Pai. Se o pai terreno tudo faz por seus filhos, quanto mais não nos fará Deus? Um dos nossos maiores defeitos é reconhecer a Deus como nosso Pai. Não se trata da paternidade universal, tão apregoada nos dias de hoje. Trata-se da certeza do verso escrito por João, quando diz que, "a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus", crendo em seu nome. Na qualidade de pai, Deus está interessado em seu filho, preocupa-se com ele, conserva-o debaixo do seu olhar vigilante, tem um propósito para sua vida e sempre deseja abençoá-lo e ajudá-lo. Por isso, ele jamais nos dará qualquer coisa que nos seja espiritualmente prejudicial.
Deus nunca erra, conhecendo a diferença que há entre o bem e o mal, de modo muito mais completo do que qualquer outro ser. Um pai terreno pode pensar que está agindo para o bem do seu filho ao lhe dar o que é pedido, embora mais tarde descubra que o prejudicou. Deu jamais incorrerá nesses erros, permitindo-nos coisas materiais que podem nos desviar do bom caminho.
"... quanto mais o Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem". A melhor coisa a nos ser dada por Deus é o seu Espírito, que nos permite discernir o bem e o mal. Pedir, buscar e bater, portanto, não correspondem a ações imediatas de Deus ao receber, permitir que se encontre e abrir, ou seja, em atender. Qualquer coisa que contribua para aprimorar a salvação de nossas almas, para nossa santificação final, qualquer coisa que nos aproxime mais do Senhor, expanda nossa vida e que nos faça progredir espiritualmente, Deus nos dará. Que todos nós possamos descobrir, através do conhecimento das Escrituras, em que consistem essas "boas coisas" e então as pedirmos ao Pai Celestial. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, então temos a garantia de que todas as demais coisas nos serão acrescentadas. Deus nos haverá de abençoar com uma riqueza e uma abundância que jamais poderíamos imaginar. “... todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.”

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