A identidade cristã nos dias atuais

segunda-feira, 4 de maio de 2020

31. DEUS OU AS RIQUEZAS


“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mateus 6.24).

Após viver neste mundo que tal modo que usemos tudo quanto possuímos com a finalidade de acumularmos tesouro no céu, sem nos importarmos com nossas posses materiais, nossos dons, nossos talentos ou nossas propensões, vamos pensar agora na opção pelo senhorio da vida. Lembre-se de que o Sermão do Monte é uma mensagem dirigida a quem já é cristão, ou seja, a você, a mim e a toda a Igreja.
O interesse maior do político é sobre os tesouros da terra. E nós, quando somos convocados para escolher os candidatos que nos representem, qual é o nosso verdadeiro interesse, qual é o motivo que nos leva a votar? Se analisarmos com honestidade esta questão, veremos que infelizmente sempre haverá algum tesouro da terra que desperte interesse em nós, o mesmo em candidatos e eleitores cristãos. Ao lidarmos com os tesouros terrenos, será que estamos conscientes de que somos peregrinos, meros estrangeiros que passamos por este mundo, tendo que lidar com assuntos mundanos enquanto aqui estamos?
Olhando para o assunto do ponto de vista negativo, ao aconselhar que não se ajuntem tesouros na terra, Cristo estava ensinando que os tesouros materiais não perduram, que são passageiros, transitórios e efêmeros, ideias representadas em "traça, ferrugem e ladrões". Esses tesouros jamais nos satisfazem completamente, por isso as pessoas nunca estão completamente felizes. A moda se modifica; embora nos mostremos muito entusiasmados a respeito de certas coisas por algum tempo, logo elas perdem o poder de atração sobre nós. A medida em que vamos envelhecendo, as coisas parecem ir-se tornando diferentes, havendo nelas um elemento de traça e de ferrugem. A corrupção manifesta-se em todas as coisas terrenas: elas são inteiramente impuras. Por fim, as coisas inevitavelmente perecem. Na ideia de "ladrões", podemos considerar outros assaltantes que nos vivem assaltando: enfermidades, negócios malsucedidos, colapsos industriais, guerra e, por fim, morte.
Deixemos de lado as ideias negativas e vamos meditar sobre o lado positivo da questão. Devemos ajuntar tesouros no céu, lembrando que Pedro disse da existência de uma herança incorruptível, sem mácula, reservada nos céus para nós. Tal herança está livre de traça, ferrugem e ladrões e o nosso bom senso cristão deveria nos levar a pensar nela. O lugar onde estamos armazenando nosso tesouro nos remete à ideia de senhorio: estamos servindo a Deus ou às riquezas? É verdade que as coisas terrenas exercem sobre nós forte domínio e poder, o qual é grande e sutil. Prosperidade material e elevado intelecto, por exemplo, podem representar para o homem seu apego a tesouros na terra. Este mundo é um cárcere que nos aprisiona e exerce seu terrível efeito sobre nós. A menos que tenhamos consciência desse fato e nos resguardamos dele, esse domínio, esse poder pode chegar a nos conquistar, transformando-nos em escravos. "Porque onde está o seu tesouro aí estará também o seu coração" significa que as coisas humanas se apossam de nossos sentimentos, afetos e sensibilidade; elas afetam também nossa mente; nossa visão e toda a nossa perspectiva ética passam a ser controladas por essas coisas; elas controlam até mesmo nossa atitude religiosa. A maneira como encaramos os tesouros da terra, em última análise, determina o nosso relacionamento com Deus e o destino eterno de nossa alma.
A quem você está servindo, a Deus ou às riquezas? Ambos exigem dedicação total. As coisas do mundo dominam a personalidade inteira do homem, afetando todos os aspectos da sua vida. “Ninguém pode servir a dois senhores...  Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Quem é o seu deus: o Criador dos céus e da terra ou o dinheiro, que representa a personalidade inteira do ser humano no apego às coisas terrenas? As coisas da terra hão de perecer, mas Deus e a sua Palavra permanecerão eternamente.

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