“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e
amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir
a Deus e ao Dinheiro” (Mateus 6.24).
Após
viver neste mundo que tal modo que usemos tudo quanto possuímos com a
finalidade de acumularmos tesouro no céu, sem nos importarmos com nossas posses
materiais, nossos dons, nossos talentos ou nossas propensões, vamos pensar
agora na opção pelo senhorio da vida. Lembre-se de que o Sermão do Monte é uma
mensagem dirigida a quem já é cristão, ou seja, a você, a mim e a toda a
Igreja.
O
interesse maior do político é sobre os tesouros da terra. E nós, quando
somos convocados para escolher os candidatos que nos representem, qual é o
nosso verdadeiro interesse, qual é o motivo que nos leva a votar? Se
analisarmos com honestidade esta questão, veremos que infelizmente sempre
haverá algum tesouro da terra que desperte interesse em nós, o mesmo em
candidatos e eleitores cristãos. Ao lidarmos com os tesouros terrenos, será que
estamos conscientes de que somos peregrinos, meros estrangeiros que passamos
por este mundo, tendo que lidar com assuntos mundanos enquanto aqui estamos?
Olhando
para o assunto do ponto de vista negativo, ao aconselhar que não se
ajuntem tesouros na terra, Cristo estava ensinando que os tesouros materiais
não perduram, que são passageiros, transitórios e efêmeros, ideias
representadas em "traça, ferrugem e ladrões". Esses tesouros
jamais nos satisfazem completamente, por isso as pessoas nunca estão
completamente felizes. A moda se modifica; embora nos mostremos muito
entusiasmados a respeito de certas coisas por algum tempo, logo elas perdem o
poder de atração sobre nós. A medida em que vamos envelhecendo, as coisas
parecem ir-se tornando diferentes, havendo nelas um elemento de traça e de
ferrugem. A corrupção manifesta-se em todas as coisas terrenas: elas são
inteiramente impuras. Por fim, as coisas inevitavelmente perecem. Na ideia de
"ladrões", podemos considerar outros assaltantes que nos vivem
assaltando: enfermidades, negócios malsucedidos, colapsos industriais,
guerra e, por fim, morte.
Deixemos
de lado as ideias negativas e vamos meditar sobre o lado positivo da
questão. Devemos ajuntar tesouros no céu, lembrando que Pedro disse da existência
de uma herança incorruptível, sem mácula, reservada nos céus para nós.
Tal herança está livre de traça, ferrugem e ladrões e o nosso bom senso cristão
deveria nos levar a pensar nela. O lugar onde estamos armazenando nosso tesouro
nos remete à ideia de senhorio: estamos servindo a Deus ou às riquezas? É
verdade que as coisas terrenas exercem sobre nós forte domínio e poder, o qual
é grande e sutil. Prosperidade material e elevado intelecto, por exemplo, podem
representar para o homem seu apego a tesouros na terra. Este mundo é um cárcere
que nos aprisiona e exerce seu terrível efeito sobre nós. A menos que tenhamos
consciência desse fato e nos resguardamos dele, esse domínio, esse poder pode chegar
a nos conquistar, transformando-nos em escravos. "Porque onde está o
seu tesouro aí estará também o seu coração" significa que as coisas
humanas se apossam de nossos sentimentos, afetos e sensibilidade; elas afetam
também nossa mente; nossa visão e toda a nossa perspectiva ética passam a ser
controladas por essas coisas; elas controlam até mesmo nossa atitude religiosa.
A maneira como encaramos os tesouros da terra, em última análise, determina o
nosso relacionamento com Deus e o destino eterno de nossa alma.
A
quem você está servindo, a Deus ou às riquezas? Ambos exigem dedicação total.
As coisas do mundo dominam a personalidade inteira do homem, afetando todos os
aspectos da sua vida. “Ninguém pode servir a dois senhores... Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
Quem é o seu deus: o Criador dos céus e da terra ou o dinheiro, que
representa a personalidade inteira do ser humano no apego às coisas terrenas? As
coisas da terra hão de perecer, mas Deus e a sua Palavra permanecerão
eternamente.
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