“Mas eu lhes digo: Não
jurem de forma alguma...”
O Antigo Testamento, em Êxodo, Deuteronômio e Levítico, afirma sobre juramento:“Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão”. “Temam o Senhor, o seu Deus, e só a ele prestem culto, e jurem somente pelo seu nome”. “Não jurem falsamente pelo meu nome, profanando assim o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor”. Os antigos diziam e os doutores da Lei repetiam: "Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos". Esta não é uma declaração que possa ser encontrada no Antigo Testamento, mas pode estar ligada a diferentes fontes da Torá. Tratava-se, portanto, de uma reformulação feita pelos doutores da lei.
(Mateus 5. 34a)
Será que deveríamos considerar o
juramento – uma simples questão de comunicação e de como falar com os outros –
tão importante, quando existem problemas tão grandes no mundo moderno? Segundo
o Novo Testamento, tudo o que o cristão faz e diz é muito importante, por ser
ele quem é e pelo efeito que isso deve exercer sobre seus semelhantes.
O Antigo Testamento, em Êxodo, Deuteronômio e Levítico, afirma sobre juramento:“Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão”. “Temam o Senhor, o seu Deus, e só a ele prestem culto, e jurem somente pelo seu nome”. “Não jurem falsamente pelo meu nome, profanando assim o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor”. Os antigos diziam e os doutores da Lei repetiam: "Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos". Esta não é uma declaração que possa ser encontrada no Antigo Testamento, mas pode estar ligada a diferentes fontes da Torá. Tratava-se, portanto, de uma reformulação feita pelos doutores da lei.
Com relação aos juramentos, a própria lei
mosaica procurava frear as inclinações humanas para a mentira. Um dos piores
problemas enfrentados por Moisés foi a tendência do povo de mentirem uns aos
outros, tornando a vida caótica, pois não se podia confiar nas palavras e
declarações alheias. Por isso, a lei procurava restringir os juramentos às
questões sérias e importantes. Os israelitas deveriam ser lembrados de que eram
o povo de Deus e que seus diálogos e conversas eram feitos sobre o olhar do
Criador; os juramentos estavam incluídos nessa seriedade. A atitude de escribas
e fariseus era ditada inteiramente pelo legalismo. Eles haviam distorcido o
significado dos juramentos e parafraseado trechos bíblicos sobre o assunto.
Segundo entendiam, um judeu podia fazer toda a espécie de juramentos, contanto
que não viesse a cometer perjúrio.
O legalismo continua vivo entre nós e por isso
todas essas questões são altamente relevantes. A santidade e o mundanismo são
ambos definidos pelo mundo de forma muito diferente do que se vê no ensino
bíblico. Os fariseus eram desonestos ao fazerem distinções entre juramento e
juramento, dizendo que alguns deles eram obrigatórios, mas outros não. Jesus
mostra aos seguidores da letra da lei o seu verdadeiro espírito. Ele não
proibiu o uso do juramento, mas orientou a não o fazer pelo céu, pela terra,
por Jerusalém ou pela própria cabeça. Ele proíbe o juramento por qualquer
criatura ou coisa criada, pois tudo pertence a Deus. Proibiu também o uso de
qualquer juramento na conversação comum, quando as nossas afirmativas devem se
limitar a sim ou não, ou seja, à verdade pura. Infelizmente, no
campo das relações internacionais, dentro de cada governo e até mesmo no meio
das mais sagradas associações da vida, impera a mentira. Os homens têm olvidado
o ensino de Jesus Cristo no tocante aos votos e aos juramentos, bem como quanto
à veracidade comum, à verdade e à honestidade naquilo que se diz. A mentira não
tem tamanho maior ou menor.
Na segunda metade do século XX, época de
atuação mais intensa de Martyn Lloyd-Jones, a relativização das coisas já se
fazia presente no mundo, mas isto se acentuou até a nossa época, quando o mundo
intelectual não admite a existência da verdade absoluta. Não nos conformemos
com o presente século pós-moderno, conforme alertou Paulo, mas procuremos nos
transformar pela renovação do nosso entendimento, pois é muito mais fácil
sermos influenciados pelo mundo do que o influenciar. O nosso discurso deve
estar afinado com a nossa postura de vida. Sejam, portanto, as nossas
palavras sim, sim; não, não; ou seja, a verdade absoluta, para que não
passemos a relativizar, dizendo aquilo que vem do maligno.
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